Bipolar.

24 10 2011

Mal por precipitar minhas supostas dores;

Bem por te ter para me consolar;

Mal pela distância do nosso lar;

Bem pela frequência que nos pomos a falar;

Mal pela falta do seu cheiro no ar;

Bem pela verdade que vejo no seu olhar;

Mal por me sentir mal;

e Bem só para fingir terminar.





(deveria ter sido escrito em papel de pão)

21 10 2011

Mariana,

Alguns vão dizer que é o auge de puxar o saco de alguém, mas eu sei que não. Esse é um momento que vi o quanto gostei de uma pessoa.

Fui para o pH em um clima “que passe logo essa fase”. Sem pretensões de novos amigos,dmito. Como minha vida é um ciclo de falar e pagar a língua, não poderia ser diferente. Encontro uma pessoa de bem com a vida, sincera, humilde (mas que sabe o próprio potencial), antenada e inteligente. 

Cara, como não criar vínculos? Como achar um ouro e chutar, só porque você não estava à procura?  

Não vou me prolongar muito, só vim dizer que você foi um dos pontos bons de ter ido estudar lá. 

Obrigado. E se não te dei parabéns pelo dia dos professores é porque não lembrei mesmo, mas tenho noção que vocês, professores, merecem homenagens diárias. 





4 10 2011

Quanta ansiedade/imaturidade/ingenuidade/verdade querer achar sentido onde não tem…





Sentidos

4 09 2011

 

 Thiago Antunes

 

Ver o Sol nascer,

o laranja quebrando o azul,

coloriam-se.

 

Ouvir a canção,

em sua voz,

envolvia-me.

 

Sentir o cheiro do mar,

quebrando a rotina,

alegrava-te.

 

Saborear o novo,

quebrando a história,

inovava-me.

 

Tocar seu corpo,

quebrando o gelo,

completávamo-nos .

 

Sentir o momento,

quebrando o tempo,

imortalizava-se.





Brasil de “Guinhois”

29 08 2011

 

É comum dizer que o brasileiro é passional, mas da onde surge essa passionalidade? A ignorância seria a base para a construção de cidadãos-marionetes?

 

Esse assunto me veio à tona hoje, quando ao pegar o metrô, que como o de costume estava lotado – no sentido literal da palavra. Um homem tentou entrar e insistiu mesmo enquanto a opressiva campainha soava. Quando a porta começou a fechar, o mesmo resolveu se juntar ao gado desistente, mas sua bolsa ficou presa. O metrô, ao contrário do esperado, pelo menos por mim, não abriu e ele começou a correr em busca de seus pertences, os seguranças o fizeram parar e a sacola se foi. Cômico, né? Todos riram. Comentários do tipo: “Ouviu a campainha e ficou tentando, se fu.”.

 

Isso não saiu da minha cabeça, por ver que não é a primeira vez que algo tão hilário acontece no metrô, todos os dias, quando eu estou compactado nele, vejo a gargalhada da massa ao se divertir com a freada brusca e alguns caírem. Vejo a gritaria e a festança feita nas estações, como na Central, quando o gado sai se pisoteando. Será que o brasileiro gosta desses momentos ou apenas vê como modo de viver “desprefixar” a desgraça?

 

Começo a achar que o problema está não no individualismo como muitos dizem, mas uma falta de visão coletiva.Para sermos individualistas, lutaríamos pelas causas próprias e isso não é sempre que ocorre. O foco é que não conseguimos nos ver como nós. Por algumas derrotas históricas do povo, vejo que a união já não faz a força na cabeça dos brasileiros. Exemplo disso é quando um “doido” começa um tumulto. Os protestantes são uns babacas que atrapalham o dia-a-dia, adolescentes sem o que fazer. Os grevistas, como os professores, são uma cambada de concursados que adoram ficar sem trabalhar.

 

Engolimos situações caóticas como normais. Na tevê vemos a personagem da Zorra Total no trem lotado, vemos o caos nas ruas do centro, vemos a violência e digerimos isso com naturalidade. Começamos a achar que isso é o normal.

 

Não, não é normal sermos tratados como animais no metrô, nem em nenhum outro tipo de transporte público. Não “faz parte” não ter nem onde por o pé. Não existe essa de autopiedade e que Deus está vendo e te recompensará. Precisamos nos ver como um grupo, e nesse grupo vermos nossas dificuldades em comum e lutarmos pela solução das mesmas. Enquanto isso não ocorre, os preços dos serviços PÚBLICOS crescem e suas qualidades abaixam.

 

Brasileiro não pode continuar sendo marionete.






Já é noite.

22 08 2011

Cheguei, incrivelmente seco, mesmo com o tempo que faz lá fora. Cheio de afazeres e sem nenhuma vontade de “fazeres”.  Na cabeça, só uma coisa. No estômago uma dor (que bem acho ter sido causada pelas borboletas que falei no outro dia). 

Protegido do frio, tirei os tênis e me joguei na cama. Viajei, fui até você.  Com um sorriso no rosto, lembrei que o tempo não tava tão livre assim… Fugi mais um pouco, me refugiando em pensamentos frescos.

Cai em mim, a hora passa. Tenho vida, compromissos. Acalmem-se borboletas, vou com calma pra não estragar o encanto e a vida não me esperará. Vou, porque tenho que matematicar…





22 08 2011

Às vezes, é tanta coisa para falar…

que apenas suspiro.





22 08 2011

O primeiro passo pra confiar no próximo é confiar em si mesmo.





20 08 2011

Nada como ouvir um “Tu tá me ajudando muito, fessô”. Recarregado.





18 08 2011

Fome.

Sede.

Sono.

Fraqueza.

Desnutrição.

Dores.

Fome.

Caça.

Fome.

Lixo.

Comida.

Drogas.

Escape.

Solidão.

Insanidade.

Falta.

Carência.

Carente.

Crente.

Fome.

Fim.

Rua.

Indiferença.

Morte.

Lenta.

Luta.

Morte.

Luto?