E sorrir era um…

3 09 2012

E sorrir era um ato que doía, dor física. Ele mesmo notava como o bom humor o fugia. Tudo que falavam soava desinteressante, e nas raras vezes em que mereciam um lábio puxado, uma mostrada de dentes, irrompia a dor, o corpo contra o corpo. Autoflagelação involuntária.Sorriso castrador.
O riso se foi e a dor só aumentou.Tudo andava mais lento, enquanto as mordidas no chiclete mais rápidas.O barulho que fazia e a leve pressão imprimida nos dentes eram viciantes. Nem violência o excitava mais. Tudo estava cinza e cheirando a fumaça, mas ainda era segunda.


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